Como havia prometido o domingo pra Alê e não cumpri (ressaca maldita), tive que ceder a manhã da minha segunda só pra ela... Nos encontramos como sempre na pedra do Masp. Andamos um pouco, fomos até o Parque do Trianon. Uma repórter do Estadão estava lá e nos entrevistou, coisas do tipo: "que programa cultural você não fez no ano e que gostaria de fazer até o fim desse ano?". Bem, respondi sobre uma amostra de pop-art que teve no Tomie Otake e que infelizmente não fui. Maravilha. Ainda por cima a fotógrafa apareceu e pediu pra tirarmos algumas fotos... Confesso que me senti "o famoso", que idiota. Logo após esse blá-blá-blá, fomos almoçar. A Alê estava com vontade de comer carne... e eu camarão. Legal, fomos cada um pra um lado e nos encontramos depois.
Após o almoço, encontramos no caminho o Benício. Esse Benício, é foda. Bebe mais que todos no grupo. E detalhe: não cai! Deixamos a Alê no ônibus e voltamos pra Augusta, pra quê? Um real pra quem adivinhar! Beber, é claro. Ficamos bebendo a tarde inteira, como dois ricos de vida ganha. Mulher pra cá, mulhere pra lá... aquele desfile de coxas e bundas. Quem aguenta? Conversas diversas. Vida sentimental. Trepadas. Detalhes de trepadas. As noites passadas em que bebemos e finalmente deixamos de valer o único centavo que valíamos. Música, o nosso velho rock alternativo. Amigos, é claro, só coisas boas...
- Por isso que eu saio com vocês, jay. Eu confio em vocês. Sei que não levaria uma facada por trás. - confessei à ele.
- Você tá louco, Pipoko? Ninguém faria isso nem em mil anos!
- Por isso que eu ando com vocês.
Acabando a breja, pechinxamos a saidera. Ficou faltando uns 60 centavos e o cara do bar liberou pra gente (a cerveja, porra). Tenho que parar de andar com dinheiro no banco. Em várias ocasiões entro num bar e pergunto:
- Aceita Visa Electron?
- Não.
Porra! Ninguém se atualiza nessa vida? O pior de tudo é você não poder comprar seu cigarro no cartão. Tem bares que aceitam, porém, com o acréscimo de um real! Pra puta que pariu! Três e cinquenta é quase o preço do Benson and Hudges! Nem fodendo. Mas também não fumo outra marca. Só Lucky Strike. Fazer o quê? Quando eu tinha doze anos, vi uma propaganda do Lucky Strike, com a Moloko cantando Fun for Me. Caralho! Tava muito boa, as propagandas do Marlboro com aquele caubói não me seduziam. "Entre para o mundo de Marlboro", eu não entendia bulhufas daquela joça. Agora, se você poe Fun for Me com uma mulher jogando aquela fumaça pra cima... aquela clima melancólico. Putz, viciei em cigarro desde aquele dia!
- Quando eu crescer, se eu fumar, quero fumar Lucky Strike!
Chegamos no shopping Paulista e lá, procuramos um livro de Bukowsky que eu queria ler. Na última livraria, consegui achar... estava feito. Porém, queríamos ver mais mulheres. Eu aconselhei a área de fumantes. Cara, lá você tá feito. Você acende seu cigarro, e espera. E logo aparecem aquelas vendedoras gostosas, acendendo seus cigarros também. Demais! Japonesas, loiras, morenas... uma melhor que a outra e mais: ficam sentadinhas ao seu lado! O Benício surtou.
- Jay! O que era aquela japonesa?! - perguntou Benício olhando a oriental deixar a área de fumantes.
- Não te falei?? Aqui é uma rede repleta de peixes, mano.
Depois, andamos mais um pouco na Paulista. É foda. Você com muita cerveja na cabeça, aquele sorrido de maníaco na cara, aquela avenida Paulista lotada de mulheres excepcionais.
- Deus pede pra não pecar, mas faz umas coisas dessas!! Aí é pedir demais! - comentei.
- Pode crer, man. Não tinha pensado nisso!
- Vamos perguntar pra Deus lá no céu o porquê de tanta tentação gratuita.
quarta-feira, dezembro 21, 2005
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